A vida das borboletas é só voar, o que consome muita energia. Para obtê-la, as borboletas bebem o néctar das flores, coletado graças a um grande esforço realizado no vôo. O que, de novo, gasta muita energia. E, mesmo quando em repouso, elas estão sempre se preparando para voar, mantendo os músculos das asas suficientemente aquecidos.

Mas voar não é só uma questão de diversão para as borboletas e suas asas coloridas não são só acessórios para serem exibidos. Tudo está ligado à reprodução de um jeito ou de outro. As borboletas usam as cores das asas como camuflagem e como aviso aos predadores, o que as ajuda a permanecer vivas o bastante para se reproduzirem. Elas também utilizam os formatos e a cores das asas para identificar, e às vezes para impressionar um parceiro.

Borboleta

Foto por Jeff Foott, Discovery Communications, LLC

Uma borboleta descansa numa folha na floresta amazônica no Equador

Encontrar um parceiro e se reproduzir são geralmente os últimos acontecimentos da vida de uma borboleta. Muitas vivem somente o suficiente para iniciar uma nova geração de borboletas. Outras, apenas para migrar por milhares de quilômetros ou hibernar durante o inverno. Mas no fim da jornada ou no início da primavera, as atividades das borboletas continuam as mesmas. Elas acasalam, as fêmeas botam ovos e os adultos morrem. Dos ovos saem lagartas que se desenvolvem e viram as mesmas borboletas de vida curta.

Neste artigo, veremos a vida das borboletas desde o momento em que elas deixam suas crisálidas e vagarosamente secam suas asas. Começaremos observando a anatomia de uma borboleta, como ela encontra comida através de suas patas e porque suas asas são na verdade transparentes e não coloridas. Também veremos algumas das suas surpreendentes fontes de alimento e se esses insetos voadores podem estar a caminho da extinção.